Doenças Raras Metabólicas

Tratamento de Doenças Raras Metabólicas

As Doenças Hereditárias do Metabolismo têm na sua origem deficiências enzimáticas específicas, que afetam uma determinada via metabólica, levando à acumulação de substratos - muitas vezes tóxicos - e à produção diminuída ou nula de um produto biologicamente importante. O défice enzimático é a consequência da existência de mutações num ou vários genes codificantes para o passo metabólico respetivo.
Resumindo, quando existe um erro metabólico, algumas das reações a nível enzimático não se produzem com a devida eficácia: os compostos anteriores à reação acumulam - se e os posteriores não se sintetizam corretamente.
As Doenças Metabólicas cobertas pela Biodendrum são diagnosticadas através do teste do pezinho.

Descrição e Informação (pdf):
♦ TRATAMENTO DE DOENÇAS RARAS METABÓLICAS ♦

Aminoacidopatias

Aminoacidopatias (e acidúrias orgânicas) incluem doenças hereditárias do metabolismo dos aminoácidos em passos metabólicos distintos. São patologias que se caracterizam por sinais e sintomas de intoxicação aguda e progressiva por acumulação de metabolitos tóxicos a montante do bloqueio enzimático. O tratamento a longo prazo consiste essencialmente na remoção do produto tóxico da dieta, o que na prática se traduz numa alimentação restrita em proteínas (dieta hipoproteica).
Porque é que as fórmulas de aminoácidos sem um dado aminoácido específico (ou grupos de aminoácidos) são necessárias nestas patologias? Pois garantem uma apropriada formação de proteínas que são indispensáveis ao crescimento, e que de outra forma não seriam obtidas naturalmente, devido à toxicidade associada à patologia respetiva.

  • Fenilcetonúria (PKU)
  • Leucinose ou Doença da urina do xarope de ácer (MSUD)
  • Homocistinúria (HCU)
  • Tirosinemia (TYR)

Acidúrias Orgânicas

As acidúrias orgânicas caracterizam-se pela acumulação no sangue e urina, de compostos derivados do metabolismo intermediário, que têm pH marcadamente ácido. Estes ácidos sofrem conjugação in vivo com carnitina, seja para metabolização posterior, seja para facilitar a sua excreção (por via urinária), originando as respetivas acilcarnitinas.

  • Acidúria propiónica (AP) e metilmalónica (AMM)
  • Acidúria Isovalérica (AIV)
  • Acidúria Glutárica Tipo I (AGI)

Doenças do Ciclo da Ureia (DCU)

As Doenças do Ciclo da Ureia (DCU) são causadas pelo défice enzimático de uma das seis enzimas normalmente envolvidas no ciclo metabólico de excreção do azoto das proteínas, o que resulta na elevação da concentração de amónia no sangue (hiperamoniemia) - composto tóxico, sobretudo, a nível neurológico. Caso o tratamento não seja efetuado a tempo e a longo prazo, os pacientes com DCU poderão sofrer de encefalopatia variável (incluindo manifestações psiquiátricas) e disfunção hepática. O tratamento dietético passa por implementar uma dieta hipoproteica, suplementada com mistura de aminoácidos essenciais, bem como com arginina.

Distúrbios na Síntese de Ácidos Biliares Primários

Os distúrbios na síntese de ácidos biliares primários (BASD) são doenças genéticas autossómicas recessivas. Estão normalmente presentes como icterícia colestática e/ou insuficiência hepática. Os dois distúrbios mais frequentes responsáveis por doenças hepáticas crónicas são: deficiência de 3β-HSD e deficiência de Δ4-3-oxoR. Correspondem a falta de uma das duas enzimas, 3β-HSD ou Δ4-3-oxoR, que estão envolvidas na transformação do colesterol em ácidos biliares primários nas células hepáticas. Quando estão em falta, a transformação do colesterol é incompleta, o que leva à ausência de produção de ácidos biliares primários e à acumulação de intermediários tóxicos no fígado, causando a sua deterioração. O diagnóstico precoce destes distúrbios é essencial.

Fontes: Sundaram SS, Bove KE, Lovell MA, Sokol RJ. Mechanisms of disease: Inborn errors of bile acid synthesis. Nat Clin Pract Gastroenterol Hepatol 2008;5:456-68. Protocole national de diagnostic et de soins : Déficits de synthèse des acides biliaires primaires. Centre de Référence Coordonnateur de l’Atrésie des Voies Biliaires et des Cholestases Génétiques; 2019

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